Operação Medici Umbra mira grupo criminoso responsável por série de estelionatos praticados contra médicos gaúchos
Ordens judiciais foram cumpridas no estado de São Paulo, com o apoio da Polícia Civil de SP
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Na manhã desta terça-feira (17/06), a Polícia Civil gaúcha, através da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCPE/Dercc), deflagrou a Operação Medici Umbra. O objetivo da ofensiva é desarticular grupo criminoso especializado em estelionatos, falsificação de documentos, invasão de dispositivos informáticos e lavagem de capitais.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e outros três mandados de busca e apreensão em São Paulo/SP, no bairro Cidade Tiradentes. Cinco pessoas foram presas. Também foram apreendidos documentos, um notebook e aparelhos celulares que serão analisados a fim de corroborar a convicção de autoria. A operação contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic/SP).
A investigação teve início em janeiro, a partir do registro de ocorrência de um médico gaúcho apontando que teria ocorrido invasão de sua conta de e-mail e de sua conta gov.br. A partir das invasões, os criminosos tiveram acessos a seus documentos pessoais, criaram contas e tentaram efetuar transferências em uma corretora de investimentos que ultrapassaram R$700.000,00. Paralelamente, foram localizados outros quatro médicos gaúchos que foram vítimas de crimes com formas similares de agir, e tiveram prejuízos que, somados, beiram os R$80.000,00.
A partir de então, iniciaram-se diligências no sentido de se identificar e responsabilizar os responsáveis pelos crimes. Foram utilizadas ferramentas tecnológicas de investigação que permitiram se chegar à identificação de um grupo formado por cinco familiares residentes em São Paulo/SP.
A associação criminosa era capitaneada por uma mulher de 28 anos, natural de São Paulo, mas que já possui antecedentes por estelionato mediante fraude eletrônica nos estados de Pernambuco e Amazonas. Segundo as investigações, é possível afirmar que a investigada era auxiliada por seu companheiro, de 34 anos, além de seus outros dois irmãos, de 32 e 29 anos, bem como por seu cunhado, também de 34 anos.
A ação leva o nome de "Medici Umbra", que significa "a sombra dos médicos", em alusão aos criminosos que agiam como "sombras", utilizando a identidade e a reputação de médicos para cometer os crimes.
Com a deflagração da operação, que teve a participação de 30 policiais civis do Rio Grande do Sul e de São Paulo, a Polícia Civil ratifica o compromisso de desenvolver investigações criminais qualificadas, notadamente aquelas em que haja indícios de atuação de organizações ou associações criminosas organizadas, objetivando a máxima responsabilização criminal de todos os envolvidos, de modo a reprimir à altura a prática delitiva.